A Editora Abril, vendida nesta quinta-feira (20), propôs um calote bilionário em ex-funcionários, fornecedores e demais credores da empresa em seu plano de recuperação judicial. As dívidas da empresa somam R$ 1,6 bilhão, dos quais R$ 1,1 bilhão são debêntures compradas pelos bancos Bradesco, Itaú e Santander.
O grupo, que inclui a Abril Publicações, a distribuidora de revistas Dinap e a empresa de logística de encomendas Total Express, propôs pagar apenas 8% do total em parcelas mensais ao longo de 15 anos (prorrogáveis por mais três), dando um calote de até 92% dos débitos. A proposta será analisada em uma assembleia de credores em março.
Além dos bancos, há dívidas com ex-funcionários, fornecedoras de papel, operadoras de telefonia e editoras.
As dívidas trabalhistas, estimadas em cerca de R$ 90 milhões (menos de 6% do total), também estão sendo contestadas. A editora entrou com um pedido de recuperação judicial quando faltava apenas um dia para o fim do prazo de pagamentos das verbas rescisórias de 800 funcionários demitidos em agosto deste ano.
1 comment
Esqueceram de falar no calote que deram nos assinantes de revistas que foram extintas!!
Paguei Arquitetura e construção e logo eles pararam de publicar. Canalhas, já sabiam que estavam oferecendo um produto que não teriam mais, um golpe contra o consumidor.